Evento Plant Based tech 2022

A evolução do mercado Plant Based

Este evento, proporcionou um encontro entre players e profissionais da área de alimentos, que estão buscando novas técnicas para a implementação do mercado de Plant Based, que tem ganhado cada vez mais espaço nas prateleiras dos supermercados, atingindo não só o público vegetariano, mas também os que se consideram flexitarianos e os que estão em busca de uma alimentação mais saudável e sustentável. Em 2020, a Ingredion realizou uma pesquisa em parceria com a Consultoria Opinaia, onde o cuidado com a saúde (56%), seguido pelo quesito nutritivo (28%) e pela experiência de novos sabores (26%). São os principais fatores que os consumidores estão levando em consideração na hora de optar por alimentos Plant-Based em comparação aos similares de origem animal.

Com o tema: A evolução do mercado Plant Based, os palestrantes Gustavo Guadagnini – Executivo GFI Brasil, Ricardo Laurino – Presidente SVB e Marly Winckler – Presidente IVU apresentaram as novas tecnologias que estão sendo criadas para proteínas alternativas, assim como, a perspectiva do consumidor a respeito de produtos como o Plant Based e o quanto a população vegetariana vem crescendo e se desenvolvendo no mundo.

Seguem alguns highlights destacados da palestra:  

  • IVU – União de sociedades vegetarianas:

Com a fundação da Sociedade vegetariana – SV em 1847, novos membros foram ao longo dos anos se identificando com a cultura do vegetarianismo, e em 1897 já eram cerca de 5000 mil pessoas. Ocasionando assim, a criação da União de sociedades Vegetarianas, em 1908, tendo a mesma sede da Sociedade Vegetariana. Já no cenário Brasileiro, a SVB foi fundada em 2003 e está ganhando a cada ano mais espaço no Brasil, através de consumidores que se identificam com essa forma de se alimentar. De acordo com, Marly Winckler, presidente da IVU “A evolução do mercado Plant Based é a evolução do mercado Vegetariano”.

  • Perspectiva de mercado:

O mercado de alimentos Plant Based vem crescendo, à medida que as pessoas estão mudando sua percepção a respeito da necessidade de consumir alimentos de origem animal. Já atualmente com o avanço da tecnologia na área de alimentos e uma mudança nos hábitos alimentares da população, esse consumo se tornou uma escolha para uma grande parcela da população procura alternativas mais sustentáveis e saudáveis. O palestrante Ricardo Laurino, afirmou a importância da mudança de perspectiva da população, pois a herança cultural deixada pelos antepassados deixou de ser uma necessidade e passou a ser uma escolha.

  • Tecnologias para proteínas alternativas

Desenvolvidas por meio do investimento a longo prazo em pesquisas de novos produtos e alimentos que já estão no mercado. O que também contribuiu para o desenvolvimento de proteínas alternativas, foram os impactos sociais, ambientais e de saúde pública que a proteína de origem animal acaba gerando, o que a cada dia se torna mais insustentável, perante ao consumo em grande escala da carne.

O avanço da tecnologia possibilitou fornecer variedades de alimentos que conseguem oferecer em sua composição, aroma, textura e sabor bastante similares ao de um produto a base de proteína animal. O que por sua vez, conseguiu abranger um público que entende a necessidade de diminuir o consumo de carne em decorrência da questão ambiental e preocupação com o bem-estar animal, mas que não conseguia se tornar vegetariano, por gostar de consumi-la.

A tecnologia de proteína tem três vetores:

  1. Plant Based que junta vários ingredientes de origem vegetal para recriar um alimento tradicionalmente de origem animal;
  2. Tecnologias de fermentação que através de microrganismos consegue ter como produto da fermentação componentes que tem características similares a proteína de origem animal;
  3. Carne cultivada, que é feita a partir da célula do animal, que futuramente originará uma proteína de origem animal sem precisar abater o mesmo.

Em 2021 o IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) realizou uma pesquisa com 2.002 pessoas em todo o Brasil, e constatou que 46% dos brasileiros estão optando por alimentos ditos mais saudáveis, com maior quantidade de vegetais e com isso estão parando de consumir carne ao menos uma vez na semana. Na mesma pesquisa foi constatado que 63% gostariam de reduzir o consumo de carne. Com esses dados é possível observar que provavelmente o público que corresponde a 46% pode optar por produtos Plant Based, já os 63% podem vir a consumir produtos à base de carne cultivada. Ou seja, a nova tecnologia de proteínas alternativas teria um público para os seus produtos. 

Autor: Thayna Bueno, Trainee do IFDrs

Referências:

Disponível em: < Mercado vegano (svb.org.br) >

Disponível em: < (veganbusiness.com.br)>

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