Bioplástico obtido a partir de casca de camarão

Angelina Aurora, australiana é atualmente estudante de Medicina. Quando desenvolveu um plástico de casca de camarão estava finalizando o ensino médio. Esse plástico se degrada em torno de 30 dias.

Como foi desenvolvido o bioplástico?
Aurora extraiu a quitina da casca do camarão, após estudar sua composição. Este é um carboidrato encontrado em conchas de crustáceos como lagosta, camarão e caranguejo, além de alguns insetos. Posteriormente ela combinou a quitina com a fibroína, que é a proteína insolúvel que compõe os bichos-da-seda através de um processamento químico que resultou no protótipo do bioplástico com as características de ser flexível, durável, insolúvel e transparente.

A velocidade de decomposição desse bioplástico foi de 1,5 milhões de vezes mais rápida que alguns plásticos convencionais, atingindo a degradação completa em 33 dias nas condições de temperatura e de micro-organismos de aterros sanitários.

Como esse bioplástico pode beneficiar a agricultura?
Os exoesqueletos de camarão contém grande teor de nitrogênio, que são essenciais para a fertilização do solo para cultivo de vegetais. Dessa forma poderiam ser destinado a locais de compostagem ou se usado por agricultores, poderiam ser compostados para suas lavouras.

Qual foi a motivação para o desenvolvimento do produto?
Quando ainda estudante do colegial, Aurora teve que realizar um projeto de ciências, optou por realizar algo sustentável, após verificar que supermercados locais estavam cobrando pelo uso de sacolas de compras.

O camarão é o fruto do mar mais popular nos Estados Unidos, com cerca de 400 milhões de libras pescadas anualmente. A demanda é em torno de um bilhão libras de camarões, o que acarreta a importação de fazendas do Sudeste Asiático e da América Central.

Quais foram os retornos dessa descoberta?
Angelina foi premiada com o Prêmio BHP de Ciência e Engenharia da Austrália em 2018, e no ano posterior foi reconhecida como Jovem Conservacionista do Ano da Sociedade Geográfica Australiana.

Empresas internacionais se interessaram por esse bioplástico, uma alternativa sustentável que pode, além de beneficiar a agricultura, levar à redução de desperdício pesqueiro, já que as cascas dos camarões são geralmente um subproduto do consumo. Aurora está patenteando o produto.

Autor: Mayara Athayde, Gerente de Relacionamento IRSFD

Fontes:

Sites:

<https://www.forbes.com/sites/scottsnowden/2020/05/12/australian-student-creates-strong-biodegradable-plastic-made-from-shrimp-shells/?sh=7e9cf9031e9b> Acesso em Jan.2022
<https://thegreenestpost.com/estudante-transforma-casca-de-camarao-em-bioplastico-que-se-degrada-em-33-dias/>
Acesso em Jan.2022

0 Comentários

Deixe um comentário

XHTML: Você pode usar estas tags: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

Português PT English EN Español ES