Conferência, dia 2: fraude em alimentos, o que você precisa saber

John Spink, diretor adjunto do programa de ações anti-fraude da Faculdade de Justiça Criminal da Universidade de Michigan, define a fraude de alimentos como “uma adulteração intencional pelo uso de ingredientes mais baratos, visando ganho econômico”.

John Spink, da Universidade de Michigan

Historicamente, as questões relacionadas às fraudes alimentares não têm recebido a mesma atenção que a segurança de alimentos e o food defense, mas John acredita que a conscientização sobre o tema vem  crescendo. Segundo ele, o aumento no número de fraudes é motivo de grande preocupação para o FDA. Em resposta, o órgão vem estimulando as empresas a reforçarem seus sistemas de prevenção e vigilância com base na avaliação de riscos. Paralelamente, o FDA vem melhorando seu sistema de resposta imediata e  aumentando sua velocidade de reação ao público, à indústria e a outros atores da cadeia.

Conversando com o palestrante, soube que nos Estados Unidos há vários cursos de graduação e de especialização em prevenção de fraudes. Tendo em conta os desafios representados pelo cenário econômico em todo o mundo e o fato de que a oferta de alimentos vem se tornando mais global, John alerta para o risco de uma pressão crescente para que fornecedores inescrupulosos cometam fraudes relacionadas a alimentos. Também assinalou que fraudadores têm buscado cursos técnicos especializados em ações anti-fraude no intuito de encontrarem brechas no sistema. Lembrando do caso da melamina no leite, fraude ocorrida na China em 2008, e nas criancinhas que morreram em consequência desse trágico episódio, as ameaças são realmente assustadoras.

Na China,  pelo menos seis bebês morreram e cerca de 300 mil pessoas ficaram doentes devido à fraude do leite com melamina



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