Conferência, dia 2: a Chiquita é bacana no campo, a higiene na casa do consumidor nem tanto

Nesta semana, ficou um pouco mais difícil manter a produção dos posts no ritmo anteriormente previsto. pois quando voltei de viagem a montanha de trabalho havia crescido (felizmente…). Outro motivo da defasagem é que eu convidei os colegas cadastrados no nosso mailing para que viessem até a Food Design na terça feira passada para que eu pudesse mostrar pessoalmente o que foi a Conferência.

No dia 2, houve muitas outras palestras e sessões paralelas após o café da manhã. Vou fazer o relato de duas palestras que assisti e nas quais me esforcei para anotar o máximo possível,  já que elas nos ajudam a refletir com profundidade sobre como devemos tratar as pontas da cadeia “farm to fork”.

Reduzindo riscos no nascedouro da produção

Joan Rosen, Diretora de Segurança de Alimentos da Chiquita Brands International dos Estados Unidos, proporcionou um abrangente overview da sistemática adotada pela empresa em sua cadeia produtiva.

Joan Rosen, da Chiquita Brands International

 
O principal produto da Chiquita Brands é a banana, mas a empresa também produz outras frutas como abacate e abacaxi, além de saladas, frutas desidratadas e frutas cortadas prontas para o consumo.

A distribuição da empresa está concentrada principalmente nos Estados Unidos e na Alemanha. As frutas são cultivadas em vários países tropicais conforme o mapa abaixo.

                (Fonte: http://www.chiquitabananas.com)

Após ler o meu relato, o leitor certamente irá concordar que não é à toa que a Chiquita Brands é líder num mercado aparentemente tão banal como o de… bananas.

Para a Chiquita, a segurança de alimentos começa com o controle do campo, o que não chega a ser uma novidade. Mas o que me chamou atenção é que fazem o controle de todos os taliões, mapeando-os para determinar cada talião liberado e cada talião reprovado para a produção. Assim, através de um minucioso processo de rastreabilidade, a empresa garante que esse mapeamento de aprovação dos taliões seja rigorosamente respeitado.

Segundo Joan, cada etapa do processo é garantida conforme o programa de integração denominado “Sete Etapas da Prevenção”:

  • Boas Práticas Agrícolas Integradas (GAPs)
  • Auditoria de todas as etapas da cadeia produtiva
  • APPCC/HACCP integrado
  • Educação progressiva
  • Sistema de rastreabilidade integrada
  • Sistema de Food Security
  • Gerenciamento avançado de riscos

Joan relatou ainda que os GAPs da Chiquita excedem os requisitos do FDA e do Leafy Greens Marketing Agreement (LGMA), acordo subscrito por cerca de 99% dos produtores agrícolas da Califórnia para elevar o padrão de segurança de alimentos. A lista dos grupos de requisitos dos GAPs da Chiquita se assemelha à do GlobalGAP, porém há um grupo de requisitos destinado a aprofundar toda o histórico do terreno do cultivo e dos terrenos vizinhos, bem como as alterações ocorridas ao longo do tempo.

A equipe de Joan Rosen é formada por mais de 40 especialistas, de agrônomos a microbiologistas (sendo muitos deles Ph.Ds), focados na excelência da segurança de alimentos. Essa equipe realiza milhares de auditorias por ano desde o campo e as packing houses até a estocagem e distribuição.

(NR: a cobertura da outra palestra mencionada no início seguirá no próximo post.)


Seu comentário é bem vindo!


Para comentar, clique no título do post e desça até o final dele, onde será possível comentar na janela destinada a este fim.
Português PT English EN Español ES