Food safety insanity – parte 2

Colaboração de Graziela Alvarez, consultora independente, Los Angeles
 

E aí? Quer saber se o caminho que você imaginou está alinhado com o que fez a Fonterra? Conforme prometido na terça-feira, hoje você encontra aqui as ações tomadas pela Fonterra perante a crise:
– Recall: rastrear o produto, realizar o recall e gerenciar a crise;
– Review: realizar avaliação crítica aos níveis gerencial, board, e ao nível do ministério envolvido, no caso, o MIP, que é o Ministério das indústrias da cadeia primária da Nova Zelândia;
– Recover: avaliar e mitigar outros aspectos enfrentados pelo negócio durante o episódio;
– Rebuild: implementar ações a partir dos achados da avaliação crítica, e colocar em marcha um longo plano para recuperação da reputação da Fonterra.
Fonte: slides da Conferência


A etapa da avaliação crítica envolveu a identificação dos fatores que contribuíram para o incidente, para em seguida, listar recomendações para prevenir evento similar no futuro, mobilizando quatro áreas do negócio:
– Pessoal – com enfoque em Segurança dos Alimentos
– Produtos – produção
– Sistemas – habilidade para rastrear
– Resposta – transparência interna e externa.
 
Joanne finalizou enumerando as principais conclusões sobre as causas do incidente:

– não eram feitos testes de clotrídios sulfito redutores para a produção de WPC;
– erro na decisão de reprocesso dos lotes de WPC 80 na fábrica de Hautapu, ao permitir o uso de equipamento fora do padrão;
– quando da decisão crucial de engajar o laboratório AgResearch para testar C. botulinum, houve supervisão gerencial deficiente, inadequação no formato e limites do teste;
– incapacidade de identificar de imediato os destinos dos lotes de WPC 80 envolvidos;
– falha no planejamento de gestão de crises da Fonterra, incluindo comunicação externa inadequada para um evento deste tipo e escala;
– reconhecimento tardio do risco reputacional e explosivo envolvido, tendo faltado “juntar os pontos” entre C. botulinum X produtos infantis X sensibilidade do consumidor X reputação geral da Fonterra.
 
Quer ver o relatório completo sobre este caso? Acesse www.Fonterra.com ou ainda Food Quality & Safety Magazine, December/ January 2014.
 
Apoio de publicação: Simone Souza
 


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Da Ameaça à Segurança

No post de hoje  eu vou me atrever a falar de uma breakfast session da agora DNV-GL, depois da fusão da DNV com Germanischer Lloyds, à qual eu adoraria ter assistido, mas que não me foi possível. Pelo que soube foi bem interessante, no formato de um jogo.

Aqui você vê o banner da sessão:

Fonte: Flickr/ GFSI

 

Fonte: Flickr/ GFSI

Na foto acima você vê os três envolvidos no desafio:
– Ali Badarneh, Coordenador de Desenvolvimento Industrial da Unido – United Nations Development Oraganization, Áustria;
– Roger Bont, Diretor Corporativo da Qualidade e Segurança de Alimentos e Relacionamento com Clientes, Corporate Segurança Alimentar, Qualidade e Regulatório, Cargill, Estados Unidos;
 Leigh Ann Johnston, Comunicação & Sustentabilidade Manager, Tyson Foods, Estados Unidos.

Como eu estou envolvida com o Sustainable Foods Summit que começa amanhã, achei bem legal ter contato com o conteúdo disponibilizado pela DNV-GL, que vi que tem tudo a ver com o tema da minha palestra que farei no dito evento (Sustentabilidade X Segurança de Alimentos), e cujas conclusões se alinham com os estudos que venho fazendo a este respeito e com a visão que temos do futuro de alimentos.
Pelo que tenho estudado, as estimativas da ONU apontam que a população em 2050 será de cerca de 9 bilhões de habitantes, criando uma forte pressão de demanda sobre alimentos.

Fonte: Slides da conferência
Isso exige que todos os stakeholders ajam de forma responsável e compartilhada já no presente, para que se possa ter a disponibilidade, com qualidade e segurança necessária para o futuro. E é fundamental que as lideranças das  organizações tenham uma visão holística da sustentabilidade, e saibam como integrá-la aos seus riscos, com uma visão focada em toda sua cadeia de valor.

Fonte: Slides da conferência

Apoio de publicação: Thaís Rodrigues


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Food safety insanity

Colaboração de Graziela Alvarez, consultora independente, Los Angeles.

Eu participei de uma breakout session muito interessante que hoje compartilho com vocês. Nesta sessão, achei que Joanne Finer, Diretora de Garantia de Produto, Marcas Globais e Nutrição, do Grupo Fonterra Cooperativa, Nova Zelândia, foi muito corajosa em compartilhar conosco a experiência que a Fonterra viveu em 2013, quando enfrentou um significativo recall de inúmeros produtos contendo concentrado de proteína do soro de leite 80% WPC – Whey Protein Concentrate 80, com suposta contaminação por Clostridium botulinum.

Joanne Finer, do Grupo Fonterra Cooperativa, Nova Zelândia
Fonte: Flickr/ GFSI

Joanne convidou os participantes a vivenciarem uma experiência real de crise,  mostrando o que aconteceu e quais as lições aprendidas, de forma a ajudar profissionais e  empresas presentes a estarem melhor preparadas para lidar com situações de crise como essa.

Vou contar em poucas linhas a sequência dos fatos conforme relatado por Joanne, e quero instigá-los a refletir sobre as possíveis falhas no processo de decisão da empresa. Gostaria de desafiar vocês a criarmos um ambiente virtual de discussão para aprender com a experiência da Fonterra. Vocês podem enviar seus comentários e suas percepções a respeito, vendo no fim deste post instruções de como fazer para comentar. Quem sabe vocês não têm alguma experiência que queiram compartilhar comigo e demais leitores?

Fonte: :Slide de Joanne Finer

Sequência dos fatos: em maio de 2012, três lotes de WPC foram reprocessados porque suspeitava-se que o produto original continha pequenos pedaços de plástico. O reprocesso utilizado nesta ocasião foi diferente daquele normalmente aplicado, tendo-se utilizado uma peça da tubulação de transferência. Foi justamente nessa fase em que a contaminação por Clostrídio ocorreu. O WPC 80 reprocessado passou por todas as análises requeridas para um soro de leite de uso geral. O programa de análises para um ingrediente era bem menos rigoroso que aquele realizado em produtos terminados. Em 31 de julho de 2013, testes revelaram suspeita de Clostridium botulinum, o que por segurança, deu início ao recall em 2 de agosto de 2013.

 Nesse momento, um levantamento apontou que esses três lotes de WPC 80, equivalentes a 38 toneladas de produto haviam sido vendidos para oito clientes. Esses clientes eram produtores de terceira parte que o utilizavam na produção de fórmulas infantis e bebidas, misturados com outros ingredientes para produção de aproximadamente 1.000 toneladas de produtos finais.

Fonterra informou imediatamente o Ministério de Indústrias Primárias, deu início à retirada preventiva dos produtos nos oito clientes envolvidos e comunicou publicamente os resultados, bem como o risco potencial de segurança de alimentos. Em seguida a essa retirada preventiva, o Ministério encarregou outros quatro laboratórios a realizarem mais análises, dois nos Estados Unidos e dois na Nova Zelândia. Estas análises confirmaram em 28 de agosto, de maneira definitiva, que o WPC 80 continha Clostridium sporogenes e não C. botulinum.

A confiança do consumidor em relação à empresa, no entanto, já havia sido abalada, e grande quantidade de negócios haviam sido afetados.
Agora é com vocês: Como se proteger numa situação como essa? Aguardo seus comentários! Depois de manhã, na quinta feira, você poderá conferir se estava no caminho certo, comparando com o que fez a Fonterra, a partir das informações compartilhadas pela Joanne.
Nota: essa breakout session foi moderada por Frank Yiannas, Vice Presidente de Segurança de Alimentos, Walmart, USA


 Apoio de publicação: Thaís Ferreira
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Hora de repensar o HACCP?

Na palestra “Re-thinking HACCP” do 2o  dia, apresentada pela Sara Mortimore,  Vice-Presidente da Segurança, Garantia da Qualidade e Assuntos Regulatórios da Land O’Lakes, o enfoque foi realmente o de questionar a atual estrutura do HACCP. Também fez parte desta discussão Robert Buchanan, Diretor e Professor do Centro de Segurança de Alimentos e Sistemas de Segurança da  Universidade de Maryland.


Sara Mortimore, Land O’Lakes, Estados Unidos
Foto: Flickr/ GFSI

Segundo Sara, o HACCP teve uma aprovação muito forte pelos órgãos regulatórios e foi incorporado por várias normas, o que acelerou sua propagação e uso em escala global. Entretanto, isso acabou fazendo com que ele fosse menos avaliado e melhorado do que deveria quanto aos seus conceitos.

Por complacência por parte de algumas organizações,  a ferramenta HACCP acaba deixando de ser usada em todo seu potencial. Assim, é comum nos depararmos com muitas falhas em pré-requisitos, que muitas vezes contemplam estruturas e práticas pobres;  ou HACCP mal implementado, com falhas na identificação de fluxos e nas análises de insumos. 

Outras  falhas que enfraquecem o HACCP: muitas empresas pensam que sabem o que se passa no chão de fábrica, porém não acompanham de fato o que lá ocorre, além da falta de manutenção dos sistemas, uma vez implementados.

Sara lembrou que “o HACCP foi baseado no FMEA, mas raramente vemos empresas desafiando de fato seus sistemas, como seria o objetivo da ferramenta que o originou”.

Falhas  na capacitação são as maiores vilãs na sobrevivência do HACCP. São poucos os cursos profissionais que, de fato, capacitamem HACCP, e muitas vezes,  prevalece a mentalidade de que uma vez treinado, não precisa de mais conhecimento. Adicionalmente, a falta de avaliações quanto ao conhecimento adquirido e ou do suporte adequado, contribuem com as deficiências na capacitação. 

Aqui vai um comentário meu: por isso é que a Food Design investiu – e muito, para ter instrutor certificado e se credenciar pela International HACCP Alliance, que é a entidade de maior reconhecimento internacional para credenciar instrutores e empresas para cursos de HACCP. Veja em nosso calendário os próximos cursosNeste ano, Ellen Lopes se capacitou pela International HACCP Alliance para credenciar em 2014 o curso de HACCP Avançado.

Voltando à palavra da Sara: “não  há nada de errado em interpretar e usar o HACCP como uma ferramenta, mas é preciso ênfase em sua efetiva contribuição para a segurança de alimentos, e não usar a ferramenta apenas como uma ferramenta necessária para obter-se uma certificação”. Aproveito o ensejo e pergunto: você e seus fornecedores, de fato, compreendem o HACCP?

Não posso deixar de fazer mais um comentário: essas palavras da Sara soaram como música para os meus ouvidos, e toda a equipe Food Design ficou feliz em estar alinhada com a opinião dela!

Robert Buchanan, da Universidade de Maryland, Estados Unidos
Foto: Flickr/ GFSI

Após a Sara, apresentou-se o renomadíssimo Professor Robert Buchanan, da Universidade de Maryland, Estados Unidos. Fiquei feliz em revê-lo mais uma vez, após o maravilhoso encontro de Análise de Riscos, de uma semana inteira, promovido pela Professora Bernadette da USP no ano passado .

entendimento da real importância e função do HACCP faz toda a diferença na evolução e mudança cultural necessária para a segurança de alimentos. Veja através destes depoimentos que foram apresentados: “Nós fomos apresentados a uma abordagem baseada nos riscos que poderiam afetar adversamente o produto acabado, em vez de se concentrar apenas no próprio produto”.; “Isto é uma grande mudança, pois no passado, a abordagem foi focada no equipamento e no produto, com um olhar muito limitado aos efeitos provocados pelo ambiente, processo e embalagem”.

por que então o HACCP precisaria ser atualizado? Pois ainda há algumas lacunas a serem preenchidas, como:
  • Eventual necessidade  de determinar a equivalência dos diferentes programas de HACCP
  • Determinação  de padrões quantitativos tanto pela indústria como pelos governos nacionais, ou organizações intergovernamentais
  • Adoção de técnicas de avaliação e gestão de risco
  •  utilização, cada vez maior, de aplicativos e ferramentas tecnológicas, o que nos força a pensar em conduzir mais facilmente um plano de HACCP, tornando-o uma ferramenta de gestão dinâmica.
Bob concluiu que na prática precisamos de planos HACCP fáceis de ser atualizados, devendo-se encontrar formas de integrar o plano HACCP na gestão diária da empresa, mediante o uso de sistemas para automatizar e simplificar o HACCP para acabar com “papel”. Ele finalizou recomendando a inclusão de sistemas de alerta,  o desenvolvimento de critérios de decisão mais claros para desvios de processo e a determinação de planos de contingência.

Socializando no Jantar DNV

Considerando que aí vem um fim de semana, e quem ninguém é de ferro, vou quebrar um pouco a linha das “tecnicalidades” dos posts da semana, contando um pouco mais do agradável bastidor que sempre rola ao longo do evento, e que permite descontração, lazer e claro que muito networking!
Ao final primeiro dia do evento, conforme já comentei, além do agradável coquetel oficial, patrocinado pelo BRC – British Retail Consortium, onde pude encontrar queridos amigos que fiz ao longo dos anos dos quais venho sendo ATP  (Appoved Training Provider) de normas BRC, fui ao jantar promovido pela DNV.
A DNV é uma das várias certificadoras com que mantemos um contato muito próximo, uma vez que temos um ponto em comum: o prazer de colaborar trocando ideias a respeito do mundo da gestão da segurança de alimentos, bem como nos impondo a missão de partilhar com a sociedade o que vimos e aprendemos em eventos como este do GFSI.
Aliás, em 15 de abril faremos um café da manhã “Compartilhando experiências da GFSC – Global Food Safety Conference 2014”, promovido pela Food Design/ DNV /IFS. Teremos a presença de outros colegas que também estiveram na Conferência, para dividirmos com os presentes as informações quentes que de lá trouxemos. Será no hotel Maksoud em São Paulo, das  8 horas  à 12h00 (confirmaremos em breve horário, pois pode haver pequena alteração).
Mais abaixo você vê uma foto do convite. O jantar foi no restaurante Mastro’s Steakhouse de Costa Mesa. Confesso que foi o filé mignon mais maravilhoso que comi na minha vida! Os brasileiros podem ficar bravos, mas é verdade! Foi tudo maravilhoso. Tirei fotos, mas não saíram muito boas. Pena…

Aproveito para publicamente agradecer pelo maravilhoso jantar!


Mastro’s Steakhouse
Apoio de publicação: Thais Ferreira


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Atenção varejo: Risk Analysis para perigo Listeria!


Este estudo de caso foi apresentado por Martin Wiedmann, professor da Universidade de Cornell e Diretor de Pós-Graduação para a área de Ciência e Tecnologia. Ele era um membro do Grupo de Trabalho sobre surtos de Listeria, que foi homenageado pelo Prêmio do Secretário do USDA em 2000.


Martin Wiedmann, Universidade de Cornell, Estados Unidos.
Foto: Flickr/ GFSI

As avaliações de risco para Listeria monocytogenes no varejo foram feitas de forma integrada entre as diferentes agências regulatórias, resultando em dados importantes: prevalência de 1.600 casos da doença, e 255 mortes/ ano nos Estados Unidos, o que equivale a cerca de 0,5 casos/ milhão de habitantes, sendo classificada em terceira lugar no ranking de mortes provocadas por doenças transmitidas por alimentos por ano naquele país.


Nós, da Food Design, em estudos sobre a Listeria já havíamos constatado o que Martin também alertou que a L. monocytogenes persistiu viável em tapetes de borracha, apesar da limpeza e desinfecção. Isso ocorreu, pois a Listeria ficou protegida da ação do desinfetante em “micro-fissuras” do tapete, podendo ser extraída dessas fissuras por pressão, quando alguém pisa no tapete.

Continuou ele relatando que estudo retrospectivo forneceu evidências de que a L. monocytogenes teve persistência em 16 dentre 50 estabelecimentos de varejo avaliados. A contaminação de origem no varejo foi estimada em 63 a 84% dos casos de listeriose provenientes de frios (deli meats). Aproximadamente 83% dessas doenças e mortes de L. monocytogenes são atribuídas a frios cortados e embalados em instalações de varejo. Outro dado interessante foi que entre 4.512 amostras foram encontradas 9,4% delas com resultado eram positivo para L. monocytogenes, sendo: 4,5% das amostras referentes a superfícies de contato direto com alimento; 3,3% das amostras eram de “pontos de transferência” e 14,1% das amostras de “superfície de contato indireto”.

Para controlar a L. monocytogenes nesta condição do varejo, os pesquisadores envolvidos no estudo fizeram várias simulações com o objetivo de comparar e concluir qual seria o melhor resultado para das seguintes opções de intervenções: 

  • Controle  da multiplicação por alterações de formulação dos produtos, ampliando as barreiras intrínsecas à multiplicação da Listeria
  • Controle  de contaminação cruzada 
  • Controle  de contaminação em produtos recebidos 
  • Cuidados  de contaminação em produtos recebidos 
  • Foco  em rotas principais de contaminação e contaminação cruzada (por exemplo, nas máquinas de fatiar). 

melhor resultado obtido foi de longe a opção alterações de formulação dos produtos, ampliando as barreiras intrínsecas à multiplicação da Listeria. O estudo chegou até este passo, faltando ainda a implementação da opção escolhida, o que vai envolver uma ação de gestão junto ao passo anterior da cadeia produtiva, solicitando aos fabricantes que  pesquisem e selecionem alterações capazes de atingir o objetivo de reduzir os riscos de multiplicação nos passos seguintes da cadeia.


Martin finalizou concluindo que “contaminação por L. monocytogenes é um desafio em toda a cadeia de alimentos, não apenas em instalações de processamento, representando portanto um desafio considerável também para o varejo”.

Meu comentário

O estudo é bem interessante e importante, mas a reformulação do produto aumentando as barreiras é um grande desafio, porque para muitos produtos o consumidor deseja características sensoriais cada vez mais próximas de produto mais natural e ou mais caseiro. Entretanto, a tecnologia de múltiplas barreiras, “Hurdle Technology”, do famoso pesquisador Lothar Leistner, pode em muito auxiliar a tarefa das empresas produtoras de frios.

Apoio de redação: Pablo Laube

Apoio de publicação: Thaís Ferreira

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Risk Assessment

Dr. Marcos Sánchez- Plata, do Equador é Professor Adjunto de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade de Nebraska- Lincoln e consultor para USDA, se especializou no campo da segurança de alimentos e microbiologia, com grande ênfase em carnes e produtos avícolas. Ele tem atuado como perito em comitês de avaliação de riscos microbiológicos da FAO / WHO e tem participado de reuniões do Codex Alimentarius. 


Marcos Sánchez – Plata, da Universidade de Nebraska – Lincoln e do USDA
Fonte: Flickr/GFSI

Antes de iniciar, devo explicar que seu tema Risk Assessment, ou seja, Avaliação de Riscos, é parte do Risk Analysis – Análise de riscos, que conforme apregoa o Codex Alimentarius e a FAO/OMS, é constituída por três pilares:

Risk Assessment = Avaliação de Riscos 
Risk ManagementGestão de Riscos

Risk CommunicationComunicação de Riscos


Marcos iniciou com um conceito que pode parecer básico demais, mas como é fundamental para um sistema de segurança de alimentos, e por vezes não é bem entendido, é válido que tenha começado lembrando:  Mas o que é risco? Risco é a função da probabilidade de um efeito adverso para a saúde versus gravidade desse efeito, como consequência de um perigo(s) em alimentos. A análise de risco é um dos elementos dentro da evolução dos sistemas de gestão de segurança de alimentos”.


Fonte: slides do GFSI

Marcos discorreu sobre o foco das indústrias de alimentos hoje: inserir a cultura de segurança de alimentos (interessante  você que mais uma vez há o foco em CULTURA DE SEGURANÇA DE ALIMENTOS), conformidade regulatória, atender as exigências dos clientes, proteger o consumidor e o alimento, atender ao comércio internacional e ter responsabilidade sobre o produto. 

Alertou ele que conformidade regulatória em alimentos, além de significar conformidade com regras de defesa do consumidor e do comércio nacional/ internacional, envolve objetivos para a saúde pública, e é aqui que entra o Risk Assessment, que muita gente confunde com sistema APPCC/HACCP.


Fonte: slides do GFSI

Dentro da indústria, além da gestão de perigos por meio do sistema APPCC/ HACCP, paralelamente, pode-se e é recomendável também realizar estudos sobre a incidência de riscos e de como fazer a gestão destes riscos, e o conjunto destes dados serve de base tanto para segurança de alimentos relativa ao produto produzido, quanto para a Análise de Risco com base nos conceitos Codex Alimentarius / FAO.

O Risk Assessment é um processo estruturado para determinar o risco associado a qualquer tipo de perigo biológico, químico ou físico em um alimento, com o objetivo caracterizar a natureza e a probabilidade de dano a que uma população está exposta no momento efetivo de consumo, o que depende de fatores que vão além das fronteiras da própria indústria, com foco final no ALOP- Appropriate Level of Protectionexistente, ou de sua redução.

O Risk Assessment envolve  a captura de dados epidemiológicos, ou pesquisa de campo, para obter informações qualitativas e ou quantitativas, com base científica, sobre a prevalência de um determinado perigo para uma determinada população, e inclui quatro passos:

1) Identificação de Perigos: O quê (agente, doença)? Como (comportamento, prevalência)? Alimento envolvido, cadeia, estágio?

2) Caracterização do perigo: relação dose-resposta (células necessárias, concentração), Susceptibilidade e Probabilidade (população de risco, percentagem envolvida)

3) Avaliação da exposição: Quanto (Parcela, células por grama/ml)? Alimentos, País, Consumo (processo de preparo, práticas de consumo)?

4) Caracterização Caracterização de Risco: Quantificação e gravidade (nº população, 5 população susceptível), impacto social e econômico (custos da doença, custos dos controles e inspeções).

Com base no Risk Assessment, a empresa pode avaliar se pode auxiliar na redução do ALOP e se sim, deve estudar opções de medidas para baixar o risco. Deve haver então estudos sobre qual melhor opção a ser adotada, o que uma vez decidido, deve ser implementado, acompanhado e quando necessário, revisado.O uso do Risk Assessment em empresas vai desde  a fase dedesenvolvimento de produto, desenvolvimento de processo e quando de eventuais modificações, bem como para estabelecer programas de amostragem e até em atividades de validação e verificação.

Meu comentário

Eu vou explicar um pouquinho, para quem ainda não tem claro, o conceito de Risk Assessment, e para isso é importante começar explicando o que é o ALOP. ALOP é um número, em geral expresso como número de casos por milhões de habilitantes. Para um patógeno, na prática muito dificilmente esse número será zero, porque outros fatores interferem na cadeia de alimentos até o momento de consumo, ou porque não queremos e nem podemos por razões nutricionais e imunológicas consumir tudo esterilizado com zero patógeno. Imagine um determinada categoria de alimento que contém uma certa quantidade de Staphylococcus Aureus tolerada por lei, portanto em conformidade com a legislação. Dependendo da cadeia de alimentos posterior à saída destes produtos da fábrica, do tratamento dado ao produto durante o transporte e venda, e de como o consumidor irá tratá-los, teremos um certo número de casos  reais de intoxicação estafilocócica em um certo tempo (por ano). Suponhamos que o ALOP para intoxicação estafilocócica para esta categoria de alimento seja X casos por milhões de habilitantes. Ao termos este resultado de ALOP após estudos, se quisermos baixar esta incidência em 50%, temos que entender que ações viáveis a serem realizadas ao nível dos diferentes elos da cadeia, considerando valor econômico, as tecnologias envolvidas, e as resistências dos elos em adotar novas medidas. Há casos em que essas medidas podem incluir até a possibilidade de campanhas para mudar hábito do consumidor, se isso for detectado como importante durante Risk Assessment. Portanto Risk Assessment está intimamente relacionado com o conceito mais amplo de Análise de Riscos (Risk Analysis),  sua gestão e processos de comunicação relacionados. Tem a ver com uma visão de cadeia e a necessidade de estudar riscos aos quais determinadas populações estão expostas, e a partir daí, estudar e entender como se pode baixá-lo, com ações em um ou mais elos da cadeia. Estas ações acabam envolvendo um, vários ou até todos os stakeholders da cadeia de alimentos. Claro que ao final de tudo, deve-se realizar novas pesquisas, para ter dados que possam validar que o ALOP desejado foi alcançado, caso contrário, o ciclo PDCA deve ser acionado até que objetivo  final de ALOP seja atingido. 

Ficou interessado no tema?

Em junho teremos um treinamento que abordará exatamente  Análise de Riscos, confira e se inscreva clicando aqui

Apoio de redação: Pablo Laube

Apoio de publicação: Simone Souza e Thaís Ferreira

 



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Prevenção de fraude em alimentos ganha destaque – parte 2

Colaboração de Graziela Alvarez, consultora independente, Los Angeles
A seguir, Jeff Moore, Cientista Sênior do United States Pharmacopeia (USP), apresentou a uma matriz desenvolvida pela USP, responsável pela Farmacopeia Americana.
 
Jeff Moore, da United States Pharmacopeia (USP). Foto GFSI Flickr
 
Esta matriz lista fatores que podem contribuir para identificar vulnerabilidade dos alimentos, entre eles análise da cadeia de suprimentos, a estratégia de auditoria, a susceptibilidade de métodos de controle de qualidade, dente outros. 

 
 
Tendo em vista que o método proposto requer acesso a dados históricos, com o objetivo de apoiar as organizações a identificar anomalias econômicas e eventual aumento da susceptibilidade a mudanças que podem indicar fraude, a USP criou um banco de dados que levanta informações de fontes de notícias globais e acadêmicas.
 
Fique de olho na evolução desse debate e na divulgação da futura versão do novo documento Guia do GFSI, que incluirá este tópico.
 
Para finalizar, informações adicionais sobre o tema fraude recomendo o excelente texto: Spink, J. and Moyer, DC. (2013) Understanding and Combating Food Fraud [Cover Story], Food Technology Magazine, Volume 67, Number 1, pp. 30-35). Vale a pena conferir.
 
Apoio na publicação: Simone Souza
 
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Prevenção de fraude em alimentos ganha destaque – parte 1

Colaboração de Graziela Alvarez, consultora independente, Los Angeles

Ao introduzir o tema dessa breakout session, Yves Rey, moderador da sessão e Diretor Corporativo da Qualidade da Danone resgatou o escândalo da carne de cavalo, em países da União Europeia, ocorrido um pouco antes da realização da edição 2013 da Conferência Global de Segurança de Alimentos em Barcelona (http://www.bbc.com/news/business-25347633).
 
A sessão foi uma excelente oportunidade para descobrir o que a indústria na cadeia de alimentos tem feito para reduzir o risco das adulterações motivadas economicamente, em inglês EMA – economically motivated adulteration,. A posição do GFSI com relação a este assunto será de adicionar requisito de análise de vulnerabilidade à fraude na versão número 7 do documento Guia do GFSI, previsto para o fim do ano de 2015. Falo sobre esse assunto mais para frente.

 

Ao ressaltar a urgência e gravidade do assunto, Petra Wissenburg, Diretora Corporativa de Projetos de Qualidade da Danone em Singapura, sugere que a melhor forma de prevenir fraude é tratá-la como questão de natureza criminal.
 
Petra Wissenburg, da Danone Singapura. Foto GFSI Flickr
 
 Petra apresentou um interessante esquema, que achei legal compartilhar com você, pois define bem o conceito de fraude em alimentos.

Fonte: Slide Petra
 

A equipe de especialistas em fraude de alimentos do GFSI liderada por Petra* entende que, para evitar a ocorrência de casos como o da carne de cavalo, dois novos elementos devem ser considerados nos sistemas de gestão da segurança de alimentos das empresas: 1) identificação de risco por meio de avaliação de vulnerabilidade, e 2) criação de plano de medidas de mitigação dos eventuais riscos encontrados. Para o GFSI, o sistema de gestão em segurança de alimentos deve abrigar sob o mesmo guarda-chuva o HACCP, que previne contaminações não intencionais, o VACCP (vulnerabilities to fraud) que previne a adulteração intencional motivada economicamente; e o TACCP (treats), que previne a contaminação intencional motivada por razões ideológicas.  
 
Michèle Lees, Diretora de Pesquisa Colaborativa da Eurofins Analytics da França, que também faz parte do Food Fraud Think Tank e que esteve presente virtualmente no evento, propõe “as empresas devem estabelecer uma estratégia eficaz de detecção e dissuasão através da implantação de um Plano de Controle de Vulnerabilidade, que seja SMART, donde S = Specific/específico, M = Measurable/mensurável, A = Assignable/relevante R =  Realistic/realista e T = Traceable/rastreável”.  Ela alerta que fraude em alimentos é algo imprevisível, com alvo desconhecido, e que, portanto, necessita de abordagem não-convencional.

A tabela abaixo mostra os passos propostos para a avaliação de risco de fraude, seguida das respectivas medidas de mitigação.

Michèle apresentou exemplos de medidas de mitigação que podem ser utilizadas na prevenção de fraudes: realizar verificação visual e/ou organoléptica; analisar adulterações específicas, como melamina no leite, realizar testes ao acaso para adulterações potenciais etc.

 
 
 
*Veja post de março de 2013 a respeito da Food Fraud Think Tank. 
 

Aguarde para amanhã a conclusão do post.

Apoio na publicação: Simone Souza



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Transparência é a trilha exigida pelo mercado

Vou dar hoje um overview sobre uma palestra sobre Transparência, que me chamou atenção num primeiro momento pelo inusitado do título. Essa palestra foi realizada durante o café da manhã e organizada pela TraceOne.
 
A sessão começou com John Keogh, Presidente da Shatalla Inc, do Vietnã. John tem um vasto currículo: é também membro da Comissão da União Europeia para Saúde e Segurança do Consumidor, é estrategista renomado e grande articulador, além de ter sido conselheiro do GS1. Ele faz intermediações com a indústria, governos e agências intergovernamentais, tratando da aplicação de normas e tecnologias para facilitar o comércio, melhorar a eficiência da cadeia de abastecimento e melhorar a rastreabilidade e a transparência de dados. Ele atuou como elo de ligação formal para comitês de normas ISO para recall, sistemas de gestão de alimentos e grupo GS1 de rastreabilidade. Poderoso, hein?! 



John Keogh – Shantalla Inc. Fonte: Flickr/ GFSI
 
John abordou o tema Transparência, e afirmou que “agregar transparência não é opção, e sim cada vez mais uma obrigação”, apontando as razões:

• O sistema regulatório de muitas importantes regiões ou países está estabelecendo novas regras e regulamentos, a exemplo do FSMA, e a UE 1169/2011, com foco que vai além da segurança de alimentos.
 
• A cadeia de alimentos é global, e incidentes de segurança de alimentos ao nível de ingredientes tem potencial de graves consequências e grande amplitude. 
 
• Consumidores “high-tech”, ávidos por informações, provocam um descompasso entre as expectativas de consumo e capacidade de entregar.
• Abastecimento global é complexo e traz riscos, levando à necessidade de melhores práticas e alta capacitação das organizações e indivíduos envolvidos.

 Fonte: slides GFSI

O número de consumidores esclarecidos que buscam mais e mais informações do que compram está em ascensão. Além das informações obrigatórias, é cada vez mais importante informar sobre a marca, o produto, rastreabilidade dentre outas demandas. A fonte de informação passou da embalagem para o 0800 e do 0800 para aplicativos que usam código de barras ou tipo QR. Através desses códigos, as informações do produto são disponibilizadas via web em smartfonese outras traquitanas eletrônicas. Na prática, John relata que ainda existem alguns gaps, apontados por pesquisas. Por exemplo: 91% dos leitores móveis de códigos de barras dão erro retornando com informações de outros produtos e 75% dos códigos escaneados não conseguem trazer as informações sobre o produto.

John concluiu afirmando que: “transparência é o caminho apontado pelo mercado, deixando de ser uma opção e passando sim, a ser uma necessidade, mas para isso, é preciso pensar além da segurança dos alimentos e valorizar a transparência, afinal a cadeia de abastecimento atualmente é global e a transparência inspira confiança, com benefícios imensos tanto para as empresas como para seus consumidores.
 

Fonte: slides GFSI
 

Michael Bromme, Vice-Presidente Executivo da TraceOne, empresa que opera mundialmente com plataformas colaborativas em nuvem para as indústrias produtoras de bens de consumo de marcas próprias, acelerando o “time-to-market”para os varejistas, fabricantes e empresas de serviços de alimentação.
Michael tem vasta experiência no varejo e em bens de consumo embalados, ampla experiência em rastreabilidade para marcas próprias e em alavancar a confiança do cliente, via otimização de preços, ajudando os produtores e varejistas a melhorar a rentabilidade. Ele usa sua experiência expandindo o desenvolvimento global de clientes da empresa, conduzindo iniciativas de vendas e de marketing de forma agressiva.

Michael Bromme – TraceOne. Fonte: Flickr/ GFSI
 
A TraceOne tem como compromisso facilitar os processos de colaboração entre varejistas e fabricantes, otimizando assim o lançamento e desenvolvimento de produtos de marca própria, controlando informações sobre o produto e fornecendo dados sobre o produto e segurança de alimentos. Isso maximiza a rentabilidade e competitividade ao longo do processo de gestão do Ciclo de Vida do produto.

A TraceOne apresentou como se pode simplificar a complexidade de dados de uma cadeia de fornecimento completa para cada produto: as conexões da cadeia de fornecimento são disponibilizadas para cada produto, com ferramentas que permitem mostrar o status de visibilidade de cada fornecedor em toda a cadeia do produto.

Apoio de redação: Pablo Laube
Apoio na publicação: Simone Souza

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Socializando no coquetel do GFSI

Uma coisa que acho muito legal nos eventos do GFSI, é que sempre há na programação momentos para descontração, socialização e networking. Unir o útil ao agradável é muito bom. Primeiro porque a intensa programação, especialmente, lidar com outras línguas é sempre um pouco cansativo, e depois porque facilita o networking. Ao fim do primeiro dia de atividades, houve um coquetel para todos, no qual fiquei só um pouquinho porque logo depois saí para participar de um maravilhoso jantar a convite da DNV. Em futuro post falarei um pouco desse jantar.
 
Abaixo coloco algumas fotos para você sentir o clima.
 
Fonte: Flickr/ GFSI
 
Alegria! Alegria! Teve música com um conjunto de mariachis.

Fonte: Flickr/ GFSI
 
Fonte: Flickr/ GFSI. O terceiro da esquerda para a direita é o Rodrigo Quintero, da IFS Chile, cantando animadamente, com amigos. Claro que facilitados por uma boa cervejinha! 
 
Coloco agora uma foto com parte da poderosa equipe organizadora deste maravilhoso evento.
  
 
 E agora meus amigos Edgard Nemorin do GFSI, Frank Yiannas do Walmart, e as simpaticíssimas Houda Nguyen e Daphneé Bernard, gerentes da equipe organizadora.
 
 
Aqui temos fotos do stand do BRC, com a Tessa Kelly (à esquerda na foto), Diretora Comercial do BRC e de outro amigo, o John Kukoly, Diretor para as Américas, também do BRC (à direita na foto).
 
Fonte: Flickr/ GFSI
 
Apoio de publicação: Simone Souza
 
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O futuro da colaboração público-privada: desafios e oportunidades

Estava prevista para esta palestra a vinda do Michael Taylor, grande autoridade do FDA – Food and Drug Administration, nomeado em 2009 pelo Presidente Obama, presidente a quem tive a oportunidade de secretariar um pouco antes de ir para a Conferência. Duvida? Veja abaixo a foto:
 

Foto autoria: Ellen Lopes. Como consegui esta oportunidade? Veja ao fim deste post!
 
Voltando ao Michael Taylor: acabou que ele não pode vir. Ele foi substituído pela Sharon Lindan Mayl, Conselheira e Assessora da Política de Alimentos, do FDA, que falou sobre a Food Safety Modernisation Act (FSMA), reforçando que só o foco principal desta lei é sobre prevenção de doenças veiculadas por alimentos.
 

Sharon Lindan Mayl , do FDA. Foto autoria: Ellen Lopes.
 
O FSMA, que está em fase de regulamentação, envolve a criação de um novo sistema de segurança de alimentos, enfatiza a responsabilidade da cadeia produtiva, e cria uma rede de segurança ao longo da cadeia de abastecimento.
As parcerias decorrentes do FSMA ocorrem/ ocorrerão na esfera pública federal, estadual e em nível internacional. Ao nível privado, o FDA está dialogando com entidades regulamentadas e terceiros privados para definir o papel dos terceiros privados na implementação FSMA.
 
O FSMA prevê:



– Proposed Rule for Foreign Supplier Verification Programs for Importers of Food for Humans and Animals (FSVP) – é o Programa de Verificação de Fornecedor Estrangeiro e inclui o programa de verificação para importadores de alimentação humana e animal. O FSVP propôs um regulamento que designa os importadores como responsáveis pela segurança da cadeia de suprimentos, e estabelece que haja pessoas qualificadas para tal programa.
– Programa Voluntário de Importador Qualificado (VQIP) – como desdobramento do FSMA, o FDA deve criar um programa voluntário, que oferece aos seus membros um processo de importação acelerada. Um importador torna-se elegível quando o FDA determinar que o alimento oferecido para importação é seguro, e a empresa estrangeira consegue uma certificação por auditoria de terceira parte. O programa vai ajudar especialmente os importadores de alimentos perecíveis, pois a importação vai demorar menos tempo.
– Certificação de Importação para determinados alimentos de alto risco.
Sharon relacionou que estão sendo estudadas algumas oportunidades de colaboração com GFSI, e felicitou o GFSI por seu trabalho para estabelecer regras para maior confiabilidade sobre a competência dos auditores. Ela finalizou a apresentação com a seguinte pergunta, decorrente da relação do programa FSMA e o GFSI, o qual estendo a vocês: “Onde é que nós nos vemos em 20 anos e que sucessos podemos alcançar juntos?”
 
Foto com o presidente Obama: foi no museu de cera MadameTussaud, em Hollywood!

Apoio na publicação: Simone Souza

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