Cerimônia de abertura da Global Safety Conference GFSI 2015

A terça feira foi intensa! 

Após a GFSI Induction Session, seguida da Cerimônia de Abertura, participei do maravilhoso jantar promovido pela DNV-GL, a quem agradeço. Como terminou tarde, não vai dar para escrever nenhum post mais completo hoje, pois tentarei dormir apesar do fuso “trocado”…

Mas para não passar em branco, deixo abaixo um link de um vídeo sobre a Conferência, e também o loooongo programa desta quarta feira. Até breve! 

Vídeo: GFSI: Our One Best Hope for Global Food Safety


4 de março, 2015 – Programa parte da manhã.


Após o almoço: parte da tarde com as “Breakout Sessions”, e jantar à noite.

Programa final da Conferência – Uma responsabilidade compartilhada

O programa final da Conferência Global de Segurança de Alimentos (Global Food Safety Conference) está disponível aqui.

Como você poderá constatar ao avaliá-lo, cada vez mais se consolida globalmente o entendimento de que segurança de alimentos é um bem comum, e de que os stakeholders dessa cadeia de suprimentos precisam trabalhar em conjunto. Muitos até já o fazem, mas há a necessidade de trabalhar de forma ainda mais integrada para vencer os desafios que os novos tempos impõem. 

Não importa qual seja o segmento da cadeia de alimentos no qual você trabalhe ou pelo qual se interesse, você perceberá que ele está contemplado no programa: produtor, indústria, varejo, academia, autoridade regulatória, formulador de políticas públicas, prestador de serviços etc.


Programa de hoje, 3 de março

Amanhã, haverá uma “Induction Session” com o objetivo de sensibilizar mais stakeholders da região Ásia-Pacífico. Grandes representantes da cadeia de alimentos apresentarão seus pontos de vista sobre o GFSI: Gerald Erbach, do Metro (a maior rede de varejo com sede na Alemanha), Cindy Jiang do McDonald’s (foodservice), Mark Overland da Cargill (indústria). Finalizando a sessão, Michele Shewmaker, do Wal-Mart, apresentará o Global Markets Program, um programa de implementação criado para simplificar e facilitar a adoção de normas de gestão da segurança de alimentos para pequenas empresas ou empresas menos desenvolvidas.
Haverá em paralelo uma visita ao mercado, especial para quem deseje conhecer as oportunidades de negócio nesta região na área de alimentos.
E encerrando o dia, teremos a cerimônia oficial de abertura da Conferência.
Destaques do programa da Global Food Safety Conference
Veja abaixo alguns dos nomes que estarão presentes.
Autoridades da Malásia
  • Datuk Rebecca Sta. Maria, do Ministério para Indústria e Comércio Exterior
  • Noraini Binti Dato’ Mohd Othman, do Ministério da Saúde 
Alguns dos palestrantes – e os temas que abordarão:
  • Cenk Gurol da Aeon, Japão (atual Presidente do GFSI)  – Como fazer parte da história da segurança de alimentos
  • Tom Heilandt, Secretário, Codex Alimentarius – A Comissão Codex e seus padrões: uma parte de uma história global para garantir o futuro dos alimentos
  • Ali Badarneh, Executivo de Desenvolvimento Industrial da UNIDO – História do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores Sustentáveis na Malásia
  • Grupo de Proprietários dos Esquemas Reconhecidos do GFSI – O que fazer e o que não fazer nas auditorias
  • Mark Burgham, Diretor da Agência Canadense de Inspeção de Alimentos – Colaboração público-privada
  • Anthony Huggett, VP, Nestlé e John Carter, VP, Metro – Com que profundidade você conhece a sua cadeia de suprimentos?


Mais alguns exemplos de organizações com presença confirmada: Banco Mundial, McDonald’s, Wegmans, Carrefour, CNCA, Cargill, PWC, Fonterra, Suntory, Mars, Rotana Hotels, Mondelez, Metro, Interpol, Danone e COFCO.

Ufa, cheguei! Saudações de Kuala Lumpur

Após o longo vôo de Barcelona para Cingapura, de 12 horas e meia mais três horas de espera nos aeroportos, enfrentei mais uma hora de vôo para Kuala Lumpur, e quase uma hora de carro do aeroporto até o hotel. A distância até o hotel é grande e o trânsito muito congestionado, mas finalmente cheguei!

Desta vez, deu bem para sentir que estou do outro lado do mundo, trocando literalmente o dia pela noite – aqui, estamos 11 horas à frente do horário de Brasília. O difícil é se adaptar ao novo fuso.

Antes de outros posts, vou falar do aeroporto de Changi, de Cingapura, que merece elogios. É super confortável, muito amplo, com uma clara preocupação com o bem estar dos viajantes, o que logo se percebe pelos inúmeros jardins floridos para encher os olhos e relaxar a mente dos viajantes.

Foto: Ellen Lopes

No Terminal 2, onde ficava o portão para o vôo Cingapura-Kuala Lumpur, havia um pequeno jardim com uma fontezinha, tão relaxante, quase esqueci da vida e do vôo. Veja abaixo.

Foto: Ellen Lopes

Do aeroporto de Kuala Lumpur, nada a destacar  – embora seja correto e muito funcional.

Do bom e do melhor por poucos euros

Sábado, 28 de fevereiro, foi um dia de descanso, pois no dia seguinte eu teria que estar logo cedo no aeroporto para a próxima etapa da viagem a Kuala Lumpur. Assim, fiz um passeio a pé pelo Passeig de Gràcia e fui jantar no El Corte Inglés, tradicional loja de departamentos de Barcelona. 

Aqui na Catalunha, o presunto pata negra é um “must”. Pode-se fazer uma boa degustação a um preço bastante convidativo na seção gourmet do El Corte Inglés. 

No balcão de degustação, pedi meia porção de presunto ibérico bellota, considerado o mais premium entre os jamones espanhóis, e meia porção de queijos da região. Pedi ao atendente que as marcas fossem as melhores disponíveis. 

O presunto foi da marca 5 Jotas, e os queijos recomendados foram o Payoyo (cabra), Blancafort (cabra) e Dehesa de las llanos (manchego). Claro que isso pede um vinho – tomei uma taça de Blecua Somontano, tinto da região de Aragón. Acompanhamento obrigatório: pão com tomate.

Foi sensacional, especialmente o queijo Payoyo que o gentil atendente me explicou ter sido o vencedor do World Cheese Awards, Londres, 2014. Preço super bom: 21 Euros. Altamente recomendado!

Dúvida existencial: não sei se eu trabalho com alimentos porque gosto de experimentar as boas comidas que há no mundo, ou se é por gostar de experimentar as boas comidas que há no mundo que eu trabalho com alimentos…


A caminho via Barcelona

Ontem, 26 de fevereiro, comecei a longa jornada para a Malásia, onde será realizada a Conferência do GFSI.
Como não há vôos diretos para a Malásia, é preciso fazer uma escala que pode ser Dubai, Frankfurt, Doha etc., dependendo da empresa aérea.
Eu escolhi viajar pela Singapore Airlines, que vai à Malásia via Barcelona e Cingapura, o que dá um pouquinho de tempo a mais na viagem. Mas as referências da Singapore Airlines eram muito boas, e o preço da passagem também foi bom.
Decidi parar por um dia e meio em Barcelona, para não vir de uma tacada só, o que daria de 23 a 30 horas de viagem.
Assim, cá estou em Barcelona após uma noite mal dormida, mas já refeita depois de algumas horas de sono para fazer este primeiro post da viagem.
Singapore Airlines foi show!
A gentileza no atendimento das aeromoças e dos comissários merecem destaque. De zero a dez, nota onze! Isso sem falar na beleza das comissárias e de seus uniformes.  


Elas me explicaram que o uniforme  da “Singapore Girl” foi criado por Pierre Balmain há mais de 40 anos. Foi inspirado no Sarong Kebaya, tradicional traje  malaio. Esse uniforme sobreviveu ao tempo e acabou virando marca registrada da empresa. É contemporâneo, luxuoso,  e simboliza a herança e a distinção que a companhia tem preservado ao longo dos anos.

A Conferência Global de Segurança de Alimentos do GFSI – 2015


Prezados colegas,
A Conferência Global de Segurança de Alimentos do GFSI– Global Food Safety Initiative, é o mais importante evento de gestão da segurança de mundo, oportunidade ímpar de interação dos pares da indústria, do food service, do varejo, e do mundo acadêmico, para fazer avançar a Segurança de Alimentos no mundo. Vai ser realizada neste ano na Ásia, em Kuala Lumpur, de 3 a 5 de março, com o tema “Uma responsabilidade Compartilhada”. Reunirá mais de 1.000 especialistas da área, de mais de 50 países, para compartilharem conhecimentos técnico-científicos, e vivência na implementação da segurança de alimentos.
A Food Design estará pela sétima vez presente no evento, postando neste blog o que lá aconteceu. Acompanhe nossos posts, que surgirão a partir do término do evento. Durante o evento postaremos apenas alguns highlights.
Alguns fatos sobre Kuala Lumpur
Kuala Lumpur é capital federal e centro cultural, econômico e financeiro da Malásia, sendo a cidade mais populosa do país, com população de cerca de 1,6 milhões de habitantes. A Malásia inclui três principais grupos étnicos: os malaios (maioria), os chineses e os indianos, embora a cidade tenha uma mistura de diferentes culturas, incluindo eurasianos e algumas raças indígenas. A língua oficial é o malaio, mas outros grupos étnicos usam suas próprias línguas.

No skyline de Kuala Lumpur encontramos as Petronas Twin Towers, as torres gêmeas mais altas do mundo, que superam o antigo World Trade Center, e que se tornaram um símbolo de desenvolvimento do país.

                             CC BY-SA 2.0 public domain 

Quer ver algumas cenas urbanas de Kuala Lumpur?

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Construção de confiança através da transparência

No que se trata da transparência e construção de confiança, Laurie Demeritt, CEO do Grupo Hartman, Estados Unidos, trouxe ao debate o que os consumidores querem saber.


Hoje, os consumidores estão comandando o mercado de alimentos mais do que nunca, estando envolvidos em todos os aspectos do mundo dos alimentos. A alimentação desempenha um papel mais importante na vida dos consumidores; aparecendo de forma onipresente nas conversas, mídias sociais,… A era digital também permitiu aos consumidores saber mais sobre a sua alimentação e expressar publicamente e partilhar as suas opiniões.

 Laurie Demeritt,  Grupo Hartman, Estados Unidos


Os consumidores esperam mais de seus alimentos, e das empresas os fornecem. A tendência está em exigir produtos frescos, menos processados ​​e rastreáveis ​​continuará a prosperar. Os consumidores, cada vez mais priorizam a autenticidade dos fabricantes e varejistas, em busca de uma relação baseada na confiança.

Um exemplo é o conhecimento do consumidor sobre OGM, que é superficial, e há um desejo para que haja mais informação sobre OGM, e quanto mais tempo o problema não for abordado publicamente, mais consumidores vão perguntar por que o silêncio. Mesmo para os consumidores em geral, sem muito conhecimento de OGM, há um desejo de vê-lo rotulado de forma clara, afinal os consumidores querem uma melhor compreensão de: O que são OGM? Em quais alimentos estão? Quais os prós e contras de OGM? Como OGM podem afetar a saúde? As implicações para o meio ambiente?

Laurie explicou que os consumidores estão menos envolvidos com cozinha e olhando para os fabricantes e varejistas para serem seus chefs, embora tenhamos visto um aumento substancial no engajamento do consumidor com alimentos e qualidade dos alimentos nos últimos anos, temos visto um declínio no tempo gasto em prepará-los. Eles continuarão recorrendo aos pratos prontos, soluções de refeição preparada, ou “componentes de apoio” para refeições.

Os consumidores chefes de família estão se tornando mais democráticos quando se trata de decisões sobre alimentos. A dinâmica familiar têm espelhado a mudança cultural a partir de papéis claros, sociais e uma crença hierárquica em regras, com a valorização de um igualitarismo em que as regras e os papéis são transitórios.

Os consumidores querem cada vez mais saber a verdade por trás da produção, fonte de ingredientes, qualidade dos ingredientes , ou sinais éticos da produção, narrativa e da história por trás do produto querendo saber quem faz o produto e de onde o produto vem.

Cultura de Segurança de Alimentos

Ryk Lues, Professor de Segurança de Alimentos, da Faculdade de Saúde e Ciências Ambientais da Universidade Central de Tecnologia, África do Sul, apresentou um exemplo de Cultura de Segurança de Alimentos.


Ryk Lues,  Faculdade de Saúde e Ciências Ambientais da Universidade Central de Tecnologia, África do Sul.

Segundo Lues “Garantir a segurança de alimentos … além de inspeções regulatórias, testes e treinamento … requer uma melhor compreensão da cultura organizacional e as dimensões humanas … “, ou seja, uma compreensão de dimensões humanas e cultura organizacional que garante a segurança de alimentos, além estabelecer regras para inspeções, testes, acompanhamento e formação.

Foi feito um paralelo entre comportamento de segurança de alimentos, tanto em casa quanto no trabalho e apresentado alguns dos riscos nos diferentes papeis, como por exemplo:

1) Consumidores: maioria dos riscos associados ao ambiente doméstico com comportamentos de risco, tais como falta de conhecimento sobre a composição do produto, animais domésticos dentro da cozinha, armazenamento de carne na parte superior da geladeira, uso da mesma tábua de cortar, armazenar alimentos além do prazo de consumo indicado, não lavar as mãos, multiuso de pano/esponja/toalha e aplicação de temperatura insuficiente.

2) Manipuladores: riscos associados à tocar boca com as mãos, usando a mesma toalha para limpar diferentes localidades, enxugando as mãos no rosto ou roupas durante o trabalho.

3) Gestores: ausência de competências de liderança, ou seja, motivação, competência e visão, falta de propriedade sobre a cultura institucional e sobrevivência econômica, às vezes, falta de conhecimento, habilidades e motivação, visão de uma cultura onde se emprega o “eles” ao invés de “nós e ter a sistemática de segurança de alimentos dirigida de forma reativa ao invés de pró-ativa.

Pode-se entender a cultura como ” Um grupo de pessoas guiadas em seus comportamentos por sua crença em conjunto a importância da segurança e da sua compreensão partilhada que cada membro voluntariamente defende normas de segurança e vai apoiar outros membros para esse fim comum”. “Cultura de Segurança é: atitudes, valores, normas e crenças que um determinado grupo de pessoas compartilham no que diz respeito ao risco e segurança”. Ela depende do envolvimento de todos, conforme mostra a figura abaixo.

Fonte: slide da conferência
Apoio de redação: Pablo Laube
Apoio de publicação: Thaís Ferreira
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Responsabilidade Mútua

Tim Ahn, Diretor Global de Qualidade e Segurança de Alimentos na Mars Chocolate, debateu sobre como construir confiança através da transparência e reforçando os laços Business to Business, neste caso com foco em ingredientes sensíveis.

Um negócio deve estar baseado em 5 Princípios: Qualidade, Responsabilidade, Mutualidade, Eficiência e Liberdade, conforme apresentado pelo próprio Tim.


A preocupação na cadeia vem devido a complexidade, embasada em  redes globais de fornecimento, vários elos envolvidos, dificuldade em rastrear, registros incompletos e pouca visibilidade para o usuário final.

Por isso, conforme reforçado por Tim, o fortalecimento dos vínculos de mutualidade se faz essencial, devendo alavancar relações e parcerias por todos os elos da cadeia de fornecimento, garantir a rastreabilidade como um resultado de transação, reforçar a segurança de alimentos e fazer o uso de auditorias em fornecedores como ferramenta para alimentar o sistema de gestão. Deve-se trazer a parceria estabelecida entre fornecedor – fabricante também para resolução de desafios.


Tim Ahn, Mars Chocolate, Estados Unidos


Um fornecedor pode ser responsável por fornecer um ingrediente produzido em equipamentos compartilhados com alérgenos alimentares e não incluídos na formulação do produto nem fazer menção na rotulagem, fornecer um produto com grande incidência de corpos estranhos ou até mesmo um produto com potencial de contaminação por patógenos por falhas nos controles ambientais.

Nos exemplos acima, você como cliente precisar considerar situações tais como: informação detalhada do produto e indicação de “pode ​​conter” na rotulagem ou especificação,  considerar um rigor maior na especificação do produto ou em outra situação garantir uma limpeza adicional ao receber, considerar laudos e testes microbiológicos de verificação ao receber, entre outras medidas a serem alinhadas com o fornecedor, garantindo uma responsabilidade mútua entre as partes.

Apoio de redação: Pablo Laube
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Gestão de alergênicos na cadeia de fornecimento

Em outro momento do evento, foi debatido novamente sobre a cadeia de fornecimento, mais especificamente sobre a inclusão da gestão de alergênicos para garantir a segurança na cadeia produtiva.

Nos Estados Unidos, de todos os recalls de produtos  que ocorreram no terceiro trimestre de 2013, 40% deles estavam relacionados com alérgenos,  que estão em ascensão. As alergias alimentares entre crianças aumentou cerca de 50% entre 1997 e 2011. Na União Europeia, internações hospitalares por alérgenos em crianças subiram sete vezes ao longo da última década.

Na apresentação conduzida por Evangelia Komitopoulou, Gerente Técnica Global da SGS, foi apresentado o resultado de uma pesquisa realizada entre outubro e novembro de 2013, 29% dos entrevistados declararam ausência de um sistema de gestão sobre os alergênicos em suas empresas.

No gráfico abaixo, podemos ver um comparativo de quais áreas possuem um plano de gestão sobre alergênicos.

Fonte: slide da conferência


Outros dados referentes a aprovação de fornecedores demonstram que no processo de aprovação: 42,0% Nosso processo de aprovação fornecedor inclui amostragem e ensaios 47,2% Fornecedor auditorias abrangem tanto a revisão de documentos quanto visita à fábrica e apenas 55,1% tem lista de fornecedores aprovados sendo revisada uma vez por ano.

É preciso estabelecer uma cadeia com responsabilidade compartilhada, onde estejam alinhadas as necessidades de forma a identificar e implementar as melhores práticas.

Apoio de redação: Pablo Laube
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Supply Chain Practices – parte 2

Ainda no tema Supply chain, Jackie Healing, Gerente Geral de Qualidade, Fornecimento Responsável e Tecnologia na Coles, apresentou 100 anos de história da empresa varejista australiana em 5 minutos, como a mesma intitulou.

Jackie Healing, Coles, Austrália

O objetivo da empresa é dar às pessoas da Austrália uma loja na qual eles confiam, oferecendo qualidade, serviço e valor. Para isto, um plano de 5 anos foi estabelecido prevendo:
  • A construção de uma base sólida: criando uma equipe forte, mudando a cultura, mantendo padrões de forma a valorizar o cliente e a confiança, além de usar de forma eficiente os recursos.
  • Resultados consistentes: incorporando a nova cultura, melhorando atendimento ao cliente, melhoria da eficácia, ofertando alimentos frescos e entrega de valor.
  • Conduzindo as diferenças: melhoria contínua, estabelecendo confiança do cliente e lealdade, além de eficiência operacional com a oferta inovadora, novas lojas e novas categorias.
Jackie listou alguns dos desafios encontrados, tais como: falta de cultura de qualidade e compreensão e capacidade de base de fornecimento;  opções limitadas para abastecimento;  a falta de investimento através da cadeia, além de limitações em atendimento ao rigor dos requisitos regulatórios e no desenvolvimento humano ou tecnológico.

A evolução da cultura da qualidade entre 2008 e com andamento previsto até 2015, passou por três etapas, e está caminhando para a quarta etapa já, iniciando com um processo reativo (sem padrões ou políticas e sem orçamento para a segurança do produto), evoluindo para observância (com políticas, porém sem propriedade, algumas auditorias e segurança do produto ainda sendo interpretada como custo).

A terceira etapa consiste no comprometimento, com políticas vivas, comprometimento das principais partes envolvidas e que aos poucos vai se fundindo e evoluindo para  um valor inserido, na qual se observa um  compromisso empresarial completo e permanente e a segurança de alimentos vista como um valor fundamental, objetivo este que compartilho o desejo de ver sendo atingindo pelas empresas ao redor do mundo.

Para esta evolução da cultura, a Coles, por exemplo contou com auditorias de fornecedor com foco em Normas GFSI e requisitos próprios, de forma que esse processo acabou tendo reconhecimento internacional por ser realizado por organismos de certificação com escopo reconhecido internacionalmente e que mudou drasticamente os padrões da base de abastecimento.

Porém, algumas oportunidades de melhoria foram identificadas ao longo das auditorias com foco em Normas GFSI, tais como: melhorar competência do auditor, adequação do tempo de auditoria e não abrange necessidades específicas dos padrões da empresa o que torna não eficaz no tratamento de algumas questões-chave com fornecedores – por exemplo: rotulagem, pesos, corpos estranhos, entre outros.

Para cobrir esses gaps foram estabelecidos KPIs cobrindo os requisitos técnicos essenciais  como: reclamações, atributos de qualidade, certificação, competência técnica, visitas técnicas etc. Desta forma criando uma avaliação mais holística e consistente para garantir uma evolução e melhoria sólidas.

Apoio de redação: Pablo Laube
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Supply Chain Practices – parte 1

Peço desculpas por não ter mantido a frequência de publicações, mas com o aumento da demanda de trabalho acabei ficando alguns dias sem alimentar o blog. Porém retomo novamente as publicações até esgotarem todas as apresentações.

Peter Begg,  Diretor do Programa de Qualidade Global na Mondelez Internacional e membro do Board do GFSI, apresentou o ponto de vista de um fabricante na cadeia de fornecimento.

Peter Begg, Mondelez Internacional, Estados Unidos


Foi ressaltada a importância que a empresa dá à segurança de alimentos, onde a CEO, Irene Rosenfeld destaca em seu discurso “A confiança pode levar anos para construir, mas apenas um momento para destruir. É por isso que todos nós precisamos inspirar confiança todos os dias.”

As empresas devem assegurar que os consumidores e clientes possam confiar nos produtos que fabricam e fornecem a eles. Peter apresentou que asseguram essa confiança através de um programa de Segurança dos Alimentos abrangente que atende ou excede os requisitos regulamentares e garante a consistência mundialmente, além de realizarem anualmente uma análise comparativa para garantir a robustez do programa, incluindo auditorias de terceira parte (GFSI).

Peter reforçou que possuem uma abordagem Gestão Integrada da Qualidade, que se concentra em sistemas em todo Fatores chave na Cadeia de Suprimentos, conforme mostra a figura abaixo.

Fonte: slide da conferência

Peter referencia que possuem um pilar da qualidade para desenvolver e fornecer a capacidade sistemática para assegurar a cada etapa da cadeia de fornecimento uma produção zero defeitos de qualidade para os nossos clientes e consumidores, em  conformidade com todos os requisitos regulamentares e de empresas, eliminando perdas e incidentes relacionados à qualidade.

Para isso é fundamental contar com um programa de auditoria, o qual deve ser um processo aberto e interativo entre auditor e auditado, centrado nos riscos microbiológicos e de segurança de alimentos, medindo o cumprimento com Políticas de Qualidade e manuais, em toda a planta e departamentos para determinar a conformidade com os requisitos.

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