O Natal é tradicionalmente uma comemoração cercada de memória afetiva, principalmente em relação aos alimentos. Desde crianças estamos acostumados a consumir produtos característicos dessa época do ano, dentre eles alguns produtos cárneos, como: lombo, leitão e aves assadas.

Diversos estudos revelam impactos negativos da alimentação de origem animal – exemplo: a produção de carne bovina provoca emissão de gases efeito estufa, consome muita água e provoca degradação de florestas e de seus biomas, contribuindo para a mudança climática. Há também os impactos negativos para a agricultura familiar e comunidades indígenas e de quilombolas.

Por conta desse cenário e de outros fatores menos técnicos e mais filosóficos temos cada vez mais pessoas aderindo a movimentos vegetarianos, flexitarianos e outros.

Um desses outros movimentos é o Meatless  Monday que prega que pelo menos um dia por semana não se consuma carne. Embora pareça pouco, veja o impacto potencial dessa ação no infográfico da Sociedade Vegetariana Brasileira que ilustra esse post.

Figura 1: Infográfico da Sociedade Vegetariana Brasileira – Impacto ambiental positivo da redução de consumo de carne.

Os veganos vão além – o termo foi criado em 1944, pelo fundador da The Vegan Society, Donal Watson – sua ideia central é excluir todas as formas de exploração e crueldade animal, e não consumir também laticínios, ovos, carnes, peixe, aves e mel. Os defensores do veganismo se abstêm ainda do uso de cosméticos, roupas, produtos de limpeza, higiene pessoal, serviços e qualquer atividade que use insumos que impliquem em crueldade animal em qualquer etapa da produção. Alguns autores atribuem-lhes a conotação de radicalismo, uma vez ao pé da letra, uma série de produtos que trazem inúmeros benefícios à humanidade e à nossa saúde não poderiam ser consumidos, como inúmeros fármacos que ainda não se consegue testar sem o uso de animais.

Mas se você partilhar dessas preocupações e quiser evitar o consumo de animais nas festas de final de ano você pode optar pelos alimentos chamados plant based.

PLANT BASED

O termo “plant based” foi originalmente apresentado na década de 1980, pelo Dr. T. Colin Campbell. Na época, foi usado para definir dietas com alto teor de fibras vegetais e baixo teor de gorduras. O foco era enaltecer os benefícios para a saúde, diminuindo o consumo de produtos de origem animal, sem se apegar a valores éticos e morais das dietas veganas.

O termo plant based é adotado pela indústria para se referir a produtos alimentícios à base de vegetais, não necessariamente integrais e naturais. O principal motivo é  agradar uma base mais ampla de consumidores que não consomem produtos de origem animal, ou que reduziram o consumo e que não necessariamente são veganos.  

Produtos natalinos plant-based

Se você gosta da ideia do plant-based, o mercado já dispõe de diversas opções de produtos tipicamente natalinos nessas versões –  ilustramos esse post com alguns deles.

Os disponíveis no Brasil:

  • Lombo de jaca verde com temperos – marca Fazenda Burin
  • Bacalhau Incrível, marca Seara
  • Tiras de frango, Verdali

Os disponíveis nos Estados Unidos:

  • Vegan whole turkey, marca Vegetarian Plus

Produto em formato de Peru, com cavidade para recheio.

  • Ham Style Roast, da Tofurky – Tender com sabor defumado e caramelizado.

Autor: Maria Isabel Raya – Assistente em Cultura de Segurança de Alimentos na Food Design

Mini CV:
Especialista em Logística e Supply Chain – Unimais
Green Belt – Lean Six Sigma
Bacharel em Engenharia de Alimentos – UFRRJ

Fontes:

https://solucionaria.com.br/2020/12/21/nova-onda-de-produtos-plant-based-natal-sem-peru-e-possivel-sim/

Ceia de Natal: Milhões de animais mortos para a festa natalina – Perita Vegana

https://www.nomoo.com.br/

Já é possível comprar produtos Tofurky® de qualquer lugar do Brasil (vista-se.com.br)

Tiras de Frango Verdali – 230g – Unaveg

http://www.fazendaburin.com.br/

https://www.svb.org.br/vegetarianismo1/meio-ambiente