IRSFD – Comemora Dia Mundial do Macarrão

As massas alimentícias podem ser definidas como  produtos obtidos da farinha de trigo (Triticum aestivum L. e ou de outras espécies do gênero Triticum) e ou derivados de trigo durum (Triticum durum L.) e ou derivados de outros cereais, leguminosas, raízes e ou tubérculos, resultantes do processo de empasto e amassamento mecânico, sem fermentação segundo a Resolução da ANVISA nº263 de 22 de setembro de 2005. Nela é definido também a classificação dos produtos em: secos, frescos, pré-cozidos, instantâneos ou prontos para o consumo, em diferentes formatos e recheios. A massa alimentícia, quando obtida, exclusivamente, de farinha de trigo (gênero Triticum) pode ser designada de “Macarrão”.

Para comemoração desse alimento que tem cada vez mais inovações na formulação com ingredientes funcionais, enriquecidos com vegetais e com uma variedade de formatos que vai desde o penne, parafuso, gravata, personalizado com letrinhas, desenhos  até o tradicional espague trazemos uma inovação desenvolvida por pesquisadora NUNES (2017) da Unicamp, o macarrão paraprobiótico.

Mas o que seria paraprobiótico?

Primeiramente vamos definir os probióticos: são micro-organismos vivos que a sua ingestão pode proporcionar benefícios para à saúde, como exemplo: Lactobaciilus acidophilus, Lactobacillus casei e Bifidobacterium animalis. Os paraprobióticos são micro-organismos inativos que também tem esse efeito benéfico quando ingeridos. A ideia seria a aplicação em alimentos que não apenas os lácteos, usual para probióticos, pois algumas pessoas tem restrição à lactose ou até mesmo alergia da proteína do leite.

Quais seriam os benefícios do macarrão paraprobiótico?

Benefícios tecnológicos: como os lactobacilos estão inativos o processamento do alimento, como: mistura, modelagem, corte e secagem em estufas, não os afeta. Além disso, como não precisam de refrigeração os paraprobióticos inativados por irradiação podem ser uma opção para aplicação em alimentos que ficam armazenados por longos períodos, como macarrão.

Benefícios para a saúde: foram realizados estudos in vivo, com roedores e foi observada uma modulação da microbiota intestinal, com mudança na composição e função, com aumento das bactérias benéficas e redução do nível de glicose e colesterol. Ainda é necessário estudos com humanos, mas as expectativas são positivas.

Agência de Inovação – Inova Unicamp

A metodologia da obtenção desse alimento funcional , o macarrão paraprobiótico não está sendo comercializada. A tecnologia teve pedido de patente no  Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), mas depende de etapas desenvolvidas pela indústria. O processo de licenciamento pode ser realizado através do contato das empresas com a Inova Unicamp.

Autor: Mayara Athayde, Gerente de Relacionamento IRSFD

Fonte:

ALMADA, Caroline Nunes de. Paraprobiotics: impact of inactivation methods on their efficacy, stability in food and health benefits = Paraprobióticos: impacto de métodos de inativação sobre a eficácia, estabilidade em alimentos e efeitos benéficos à saúde. 2017. 1 recurso online (168 p.). Tese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Campinas, SP.

Agência de Inovação – Inova Unicamp. Disponível em: <https://www.inova.unicamp.br/noticias-inova/macarrao-paraprobiotico-aguarda-parceria-para-alcancar-mercado>.

BRASIL. Resolução nº263 de 22 de setembro de 2005. Dispõe sobre: Regulamento Técnico para Produtos de Cereais, Amidos, Farinhas e Farelos. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/rdc0263_22_09_2005.html>

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