Author: Ellen Lopes
Responsabilidade Mútua
Tim Ahn, Diretor Global de Qualidade e Segurança de Alimentos na Mars Chocolate, debateu sobre como construir confiança através da transparência e reforçando os laços Business to Business, neste caso com foco em ingredientes sensíveis.
Um negócio deve estar baseado em 5 Princípios: Qualidade, Responsabilidade, Mutualidade, Eficiência e Liberdade, conforme apresentado pelo próprio Tim.
A preocupação na cadeia vem devido a complexidade, embasada em redes globais de fornecimento, vários elos envolvidos, dificuldade em rastrear, registros incompletos e pouca visibilidade para o usuário final.
Por isso, conforme reforçado por Tim, o fortalecimento dos vínculos de mutualidade se faz essencial, devendo alavancar relações e parcerias por todos os elos da cadeia de fornecimento, garantir a rastreabilidade como um resultado de transação, reforçar a segurança de alimentos e fazer o uso de auditorias em fornecedores como ferramenta para alimentar o sistema de gestão. Deve-se trazer a parceria estabelecida entre fornecedor – fabricante também para resolução de desafios.
Um fornecedor pode ser responsável por fornecer um ingrediente produzido em equipamentos compartilhados com alérgenos alimentares e não incluídos na formulação do produto nem fazer menção na rotulagem, fornecer um produto com grande incidência de corpos estranhos ou até mesmo um produto com potencial de contaminação por patógenos por falhas nos controles ambientais.
Nos exemplos acima, você como cliente precisar considerar situações tais como: informação detalhada do produto e indicação de “pode conter” na rotulagem ou especificação, considerar um rigor maior na especificação do produto ou em outra situação garantir uma limpeza adicional ao receber, considerar laudos e testes microbiológicos de verificação ao receber, entre outras medidas a serem alinhadas com o fornecedor, garantindo uma responsabilidade mútua entre as partes.
Gestão de alergênicos na cadeia de fornecimento
Em outro momento do evento, foi debatido novamente sobre a cadeia de fornecimento, mais especificamente sobre a inclusão da gestão de alergênicos para garantir a segurança na cadeia produtiva.
Nos Estados Unidos, de todos os recalls de produtos que ocorreram no terceiro trimestre de 2013, 40% deles estavam relacionados com alérgenos, que estão em ascensão. As alergias alimentares entre crianças aumentou cerca de 50% entre 1997 e 2011. Na União Europeia, internações hospitalares por alérgenos em crianças subiram sete vezes ao longo da última década.
Na apresentação conduzida por Evangelia Komitopoulou, Gerente Técnica Global da SGS, foi apresentado o resultado de uma pesquisa realizada entre outubro e novembro de 2013, 29% dos entrevistados declararam ausência de um sistema de gestão sobre os alergênicos em suas empresas.
No gráfico abaixo, podemos ver um comparativo de quais áreas possuem um plano de gestão sobre alergênicos.
Outros dados referentes a aprovação de fornecedores demonstram que no processo de aprovação: 42,0% Nosso processo de aprovação fornecedor inclui amostragem e ensaios 47,2% Fornecedor auditorias abrangem tanto a revisão de documentos quanto visita à fábrica e apenas 55,1% tem lista de fornecedores aprovados sendo revisada uma vez por ano.
É preciso estabelecer uma cadeia com responsabilidade compartilhada, onde estejam alinhadas as necessidades de forma a identificar e implementar as melhores práticas.
Supply Chain Practices – parte 2
- A construção de uma base sólida: criando uma equipe forte, mudando a cultura, mantendo padrões de forma a valorizar o cliente e a confiança, além de usar de forma eficiente os recursos.
- Resultados consistentes: incorporando a nova cultura, melhorando atendimento ao cliente, melhoria da eficácia, ofertando alimentos frescos e entrega de valor.
- Conduzindo as diferenças: melhoria contínua, estabelecendo confiança do cliente e lealdade, além de eficiência operacional com a oferta inovadora, novas lojas e novas categorias.
Supply Chain Practices – parte 1
Peço desculpas por não ter mantido a frequência de publicações, mas com o aumento da demanda de trabalho acabei ficando alguns dias sem alimentar o blog. Porém retomo novamente as publicações até esgotarem todas as apresentações.
Peter Begg, Diretor do Programa de Qualidade Global na Mondelez Internacional e membro do Board do GFSI, apresentou o ponto de vista de um fabricante na cadeia de fornecimento.
Foi ressaltada a importância que a empresa dá à segurança de alimentos, onde a CEO, Irene Rosenfeld destaca em seu discurso “A confiança pode levar anos para construir, mas apenas um momento para destruir. É por isso que todos nós precisamos inspirar confiança todos os dias.”
As empresas devem assegurar que os consumidores e clientes possam confiar nos produtos que fabricam e fornecem a eles. Peter apresentou que asseguram essa confiança através de um programa de Segurança dos Alimentos abrangente que atende ou excede os requisitos regulamentares e garante a consistência mundialmente, além de realizarem anualmente uma análise comparativa para garantir a robustez do programa, incluindo auditorias de terceira parte (GFSI).
Peter reforçou que possuem uma abordagem Gestão Integrada da Qualidade, que se concentra em sistemas em todo Fatores chave na Cadeia de Suprimentos, conforme mostra a figura abaixo.
Fortalecendo a cultura de segurança de alimentos no Japão
No segundo dia da conferência, na parte da tarde, Mika Yokota, Ministra da Agricultura, Florestas e Pescas, do Japão, palestrou sobre o fortalecimento da cultura de Segurança de alimentos no Japão.
“Rap up” e conclusões GFSI 2014 – Workshop – Compartilhando experiências
Food Design e Você no GFSI 2015
Fresco, saudável e seguro?
Trevor Suslow, Especialista e Pesquisador da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, destacou que existem deficiências e lacunas na produção primária de vegetais que permanecem até hoje como: a compreensão da dispersão do patógeno e da sua chegada nas culturas, sendo assim insuficientes para fornecer à indústria e à saúde pública alguma experiência útil e dados importantes.
Workshop- Compartilhando experiências
O papel da indústria nas Doenças Transmitidas por Alimentos – parte 2
Já o gráfico abaixo apresenta a porcentagem de surtos envolvidos em diferentes categorias de produtos primários entre 2008 e 2012. Podemos observar que peixes, aves e carne bovina representam a maioria, porém é importante observar que vegetais folhosos já representam 10% dos surtos.
O papel da indústria nas Doenças Transmitidas por Alimentos – parte 1
Apoio de publicação: Thaís Ferreira